Nesta semana, o CFESS e diversas outras organizações nacionais que
defendem a educação pública, como o Sindicato Nacional dos Docentes das
Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), organizaram e participaram em
Brasília (DF), nos dias 16, 17 e 18 de junho, do 2º Encontro
Nacional de Educação (ENE). O evento ocorreu na Universidade de Brasília
(UnB) e tem como mote “Por um projeto classista e democrático de
educação”.
Várias temáticas foram abordadas no Encontro, inclusive a concepção de
educação livre, plural e que permite o exercício da reflexão crítica da
vida social, em contraposição, por exemplo, à proposta antidemocrática e
demagógica da chamada “escola sem partido”.
Assistentes sociais participam direta ou indiretamente em diversos
espaços na área da educação, seja no planejamento ou gestão da política,
seja na docência, seja no atendimento a estudantes dos mais variados
níveis, entre outros. Por isso, devem acompanhar e participar dos
debates.
Educação: mercadoria para uns, resistência para outros
“Para o nicho mercadológico, a educação é um dos setores mais
rentáveis, a partir do descaso e ausência proposital do Estado. Além da
falta de investimento nas instituições públicas, o setor privado ainda
se beneficia de atuar em um mercado estimulado pelo governo em programas
de financiamento, sem falar da facilidade de abertura de cursos na
modalidade a distância em todo o país”, alerta a conselheira do CFESS.
Ao mesmo tempo, ela destaca a resistência da juventude, que tem ocupado
as escolas públicas em diversas cidades, se contrapondo à lógica de que
“educação é mercadoria”. “Quem teve a oportunidade de visitar estas
ocupações destaca a qualidade do debate que tem pautado questões
específicas da estrutura das escolas, mas também críticas sistêmicas,
formação política, debates dos direitos sociais e humano, etc. O documentário de Carlos Prozato traz depoimentos emocionantes desta juventude”, ressalta.
CFESS Manifesta
Para o 2º ENE, o CFESS elaborou um manifesto no qual reafirma o
posicionamento da profissão em defesa de uma educação pública, gratuita,
laica e de qualidade.
“O Serviço Social brasileiro se consolida em seus 80 anos como uma
profissão combativa, que construiu um projeto profissional identificado
com um projeto societário, e que traz como desafio cotidiano de seu
fazer profissional o tensionamento em favor dos direitos dos/as
trabalhadores/as”, diz trecho do documento.
Ainda de acordo com o texto, estar presente ao 2º Encontro Nacional de
Educação, junto com lutadores e lutadoras de todo o Brasil, “reforça
nossa identidade com e como classe trabalhadora. Nossas entidades trazem
consigo a clareza de que a manutenção desta direção política passa
necessariamente por estarmos articulados/as para além das questões
corporativas, e fomentando a unidade de classe com os setores que
demarcam o campo classista”, afirma o CFESS Manifesta, elaborado pelo GT
Trabalho e Formação, que conta com a participação da Executiva Nacional
de Estudantes de Serviço Social (Enesso) e da Associação Brasileira de
Ensino e Pesquisa em Serviço Social (Abepss).
As três entidades promovem um painel, em forma de roda de conversa,
sobre a precarização da formação e da avaliação no ensino superior
brasileiro.
Informações: https://ene2016.org/
Conselho Federal de Serviço Social - CFESS
Gestão Tecendo na luta a manhã desejada - 2014/2017
Comissão de Comunicação
Rafael Werkema - JP/MG 11732
Assessoria de Comunicação
comunicacao@cfess.org.br
(TEXTO RETIRADO E ADAPTADO DO SITE DO CFESS, DISPONÍVEL NO LINK: http://www.cfess.org.br/visualizar/noticia/cod/1272)